Histórias de vida e identidade profissional

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Olá queridos alunos de Docência 2013:

Fiquei feliz com as postagnes, Alana, Lucilia, Lúcio, Luiza.... é bom alimentar nossas aulas através do Blog! Vamos lá, o dever de casa é colocar no Blog suas memórias e falar de sua escolha profissional. Tambem encontrar vídeos que sejam interessantes sobre Saberes docentes.... curtos... 5 minutos.... e postar.
Abraços lúdicos!
Cristina

sexta-feira, 19 de julho de 2013

UIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DOCENCIA DO ENSINO SUPERIOR
PROFESSORA: CRISTINA D`AVILA
DISCENTE: ALANE CARVALHO SANTOS

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Após as exposições dialogadas que vem ocorrendo em nossos encontros resolvi sintetizar minha trajetória profissional  tomando como referência o ciclo de vida da profissão docente desenvolvido por Dubar (1991 apud D´AVILA, 1997) que consiste nas etapas que serão expostas a partir de então.
Socialização pré-profissional: Venho de uma família de professoras por isso desde cedo minha relação com o conhecimento não ficava restrita ao ambiente formal da escola. Aprender (e não decorar meramente) era algo que permeava meu cotidiano. Na escola percebia que alguns professores chegavam já cansados e enfadados, suas aulas ficavam muito limitadas à cópias no quadro ou a leituras coletivas, estas quase sempre carentes de reflexão ou explicação plausível. Lembro-me apenas de uma professora que fazia a diferença, Prof. Norma, professora de historia ou melhor de histórias.... com ela tudo ficava realmente mais interessante.
Socialização profissional:Alguns anos depois minha afinidade pela disciplina aumenta e Em 1995 sou aprovada no vestibular para Licenciatura em História. A escolha pelo curso foi revelada pela empatia com a disciplina e pelo temor de não administrar um possível fracasso de não ser aprovada em Economia. Após a aprovação, assumo a carapuça de bacharelado, me debruço em conhecer, refletir, descubro um mundo novo, cheio de possibilidades e de verdades. Percebo que começo a “sair da caverna” como afirmaria Platão. As disciplinas concernentes as praticas educativas contudo, eram classificadas como secundarias dentro do meu curso de formação. O conteúdo academicista e a sua própria complexidade era o objeto do meu desejo. O curioso é que não me via em sala de aula, apenas queria desfrutar dessa época de forma intensa e plena. Seminários, avaliações, congressos, mesas-redondas, palestras e tantas outras. O estágio supervisionado ocupou apenas o oitavo semestre e foi alvo de muitos conflitos.
Inserção no meio profissional (entrada): Ao concluir a graduação em julho de 1999, resolvo no mesmo mês fazer uma seleção para um curso de especialização em teoria da historia  e sou aprovada. Cinco meses depois faço a seleção de mestrado e o concurso do Estado para professor de história em Salvador. Sou aprovada nas duas seleções e o ano de 2000 me revelava grandes surpresas. Pela manhã aulas no mestrado à noite aulas no bairro do Uruguai. Momento de conflito revelado, sobretudo pela ausência de um dialogo amistoso entre os saberes das disciplinas, os saberes curriculares e a pratica docente. Momento de frustação por não conseguir fazer com que todos os alunos enxergassem o conhecimento de outra forma. Apesar de tudo algumas sementes foram plantadas.

Estabilidade Profissional– Alguns anos depois vou trabalhar no colégio 2 de julho na Fazenda Grande do Retiro, algumas inexperiências já tinham sido superadas parcialmente. Adoto uma pratica docente mais dialogada, contextualizada e até mesmo afetiva. Percebo que não é só conteúdo, mas também não é só didática. É uma integração dialógica entre diferentes saberes que desemboca na abertura de novos olhares, novas possibilidades. Dentro desse contexto, desenvolvo alguns projetos como “Resgatando a História do Bairro da Fazenda Grande” e algumas Feiras Interdisciplinares.  Passo a trabalhar também em uma Instituição privada de ensino superior e novos desafios passam a aparecer. Essa é uma outra história!!
Minhas reflexoes,
Alana:
A MANDALA: Ludicidade e Reflexão
Destaco aqui duas questões centrais concernentesà experiência da mandala. Primeiramente, (e mais evidente) a estratégia diferente de resgatar a trajetória docente utilizando-se da arte e da ludicidade como forma de expressão.  A segunda experiência refere-se ao próprio processo de construção das mandalas e o que ele representou: uma tentativa ou expressão de autoconhecimento. A escolha do material (massa de modelar) revela flexibilidade e esforço de adaptação,em trajetórias não lineares, mas coloridas evidenciando a forma positiva como a vida, em suas facetas pessoal e profissional,é percebida. No centro tem-se a base espiritual que se ramifica por todo espaço da circunferência, tirando do ostracismo a composição de uma mulher para além da dimensão físico-material. O verde (das laterais) trazconsigo a esperança de que os dias vindouros serão permeados de novas e ricas experiências!!!




quinta-feira, 18 de julho de 2013

Relato: Doce docência



- Quanto é dois vezes dois... vá fazendo esta cópia... Joselito, nem comece com seu choro, é pra você soletrar, vumbora com isso... Quem foi Princesa Isabel?
Não, não... essa não é uma sala de aula de aceleração, ou “enturmação”... nada disso. É a sala, é a cozinha de minha casa, por volta de 1970.
Cresci e me criei em uma família de professores. Minha irmã mais velha, antes de lecionar profissionalmente no hoje chamado ensino fundamental, já tinha como renda dar aulas de reforço (na década de 70 era a famosa banca) para alunos de 1ª a 4ª série.
A casa era pequena e a cozinha tinha uma mesa onde ao redor ficavam alguns alunos e na pequena sala outros. Naquele ambiente, confesso que, não sei como, aprendi a ler e escrever. Ficava eu de olhar comprido, vendo minha irmã “tomar a lição” e queria participar. Ela então passava para mim alguns deveres, que eu não entendia como método de alfabetização.
Mas uma coisa me incomodava. Havia um aluno, Joselito (imagine que não esqueci o nome nem as feições físicas) que TODOS os dias choraaaaaaaava na hora de “tomar a lição”. Todos os dias... aquilo me incomodava: a “insensibilidade” de minha irmã e o “sofrimento” diário de Joselito. Tinha eu 5, talvez 6 anos de idade.
Minha alegria foi no dia em que pude passar a frequentar a casa de minha cunhada e lá passei a ser aluna: tinha caderno e direito a exercício – geralmente copiar frases. Sim, sim... minha irmã e a família de minha cunhada faziam o mesmo: davam banca.
Ao ingressar pela primeira vez OFICIALMENTE em uma instituição de ensino, aos 7 anos de idade, na Escola Estadual Presciliano Silva, já sabia ler e escrever. E, por isso, fui transferida do antigo pré-primário para o 1º ano. E perdi, sobretudo, a merendeira com Q-suco de groselha e biscoito. Isso porque, no 1º ano os meninos levavam dinheiro para comprar pipoca pela fresta do portão. Eu? Caçula de uma família de 9 irmãos, órfã de pai e mãe, o máximo que tinha era alguns centavos, mas achava o máximo me acotovelar por entre as frestas do portão e gritar: “mooooooooço, me dá 20 centavo de caroço”!
Hoje, segui a rota natural da família e confesso que não saberia ser outra coisa a não ser ajudar na formação cidadã de adolescentes. Educadora apaixonada: essa é minha profissão.

Pessoal,
Segue o resultado de nosso trabalho:


SABERES PEDAGÓGICOS
SABERES DIDÁTICOS
Participação em movimento sociais/políticos de valorização da educação e atividade docente.
Construir uma avaliação
Reconhecimento das individualidades dos estudantes/respeito ás diferenças (crenças, ritmos,  interesses, comportamentos...)
Buscar utilizar metodologias mais adequadas para cada conteúdo.
Tratar as questões éticas no/do cotidiano.
Dar abertura para a expressão dos alunos
Agir de acordo com seus pressupostos teóricos-filosóficos.
Conceber diferenças (planejar para as diferenças, elaborar instrumentos de avaliação variados)
Compreender o currículo no campo dos conceitos, da prática e das atitudes.
Reconhecer e buscar compreender as diferenças

Criar clima de atividade grupal

Fazer da aula uma situação de atividade do estudante e não passividade

Relacionar o objeto especifico de estudo com o maior numero possível de outros objetos.

Buscar a inspiração estética do estudante

Condução dos estudantes no processo ensino e aprendizagem em sala de aula ou atividades práticas em campo.

Flexionar a voz nas diversas situações do discurso.

Intercalar firmação (informação) com perguntas (questionamentos)

Associar um dado (informação) com uma realidade cotidiana dos estudantes.

Exercício da escuta ativa/ relação dialógica entre docente e estudantes.

Modificar a aula de acordo com uma demanda espontânea dos alunos.

Mediar conflitos (observar fatos, analisar situações).


quarta-feira, 17 de julho de 2013


Para ajudar a pensar nos saberes pedagógicos...




Relato – Identificação com a Docência / Lúcio Ramos


Para falar um pouco da minha identificação com a docência, preciso fazer uma breve caracterização da minha família, pois foi lá onde tudo começou. Meus pais sempre levaram uma vida no campo, por isso estudaram apenas até o quarto ano do que hoje se reconheceria como ensino fundamental. Começar o quinto ano exigiria deles uma mudança de escola, o que não poderia acontecer, pois ambos precisavam trabalhar na roça para ajudar as respectivas famílias. Por outro lado, sempre estimularam os filhos a estudar, com a expectativa de que se tornassem pessoas mais aptas a melhores ocupações e com um conhecimento mais ampliado de vida. Sou o mais novo de 5 filhos. Meus pais e meus quatro irmãos sempre moraram e continuam residindo no interior de Minas Gerais, enquanto eu optei por me mudar para a Bahia em 2001. O meu irmão mais velho graduou-se em Farmácia e também atua como docente de Biologia; minha irmã mais velha cursou o magistério e atuou um bom tempo como professora, só que hoje trabalha na secretaria de uma escola municipal; meu segundo irmão e a segunda irmã também cursaram magistério, mas nunca atuaram na área. Apenas meu irmão mais velho e eu fizemos faculdade. Optei pela carreira da Enfermagem em 2001, por isso fui morar em Jequié – BA, para estudar na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Com 5 anos de idade eu frequentava a escola e fui alfabetizado por minha irmã mais velha, que ensinava para crianças no “Pré-escolar”, com 6 anos de idade. Quando completei 6 anos, minha mãe me matriculou no Pré, mas cursei apenas 6 meses, pois a professora percebeu que eu tinha condições de avançar naquele mesmo ano. Então, cursei o Pré e a primeira série no mesmo ano de 1988. Minha irmã sempre foi um suporte para mim e eu via nela um exemplo a ser seguido. Como meus pais moravam (e ainda moram) em um sítio, eu morava na cidade na casa dessa irmã para estudar, o que me fez crescer nesse ambiente cheio de livros, tarefas de casa, cadernetas, plano de aula, provas, trabalhos, dentre outros termos comuns à docência. É claro que o acolhimento que tive das professoras que me acompanharam até a quarta série foram fundamentais para eu admirar a profissão docente. Como não lembrar da professora que esteve comigo na primeira e na segunda série e da outra que me guiou pelos conhecimentos do terceiro e quarto ano? Da quinta à oitava série as coisas mudaram, pois passei a conviver com muitos professores e as relações pareciam ter ficado mais frias. Não dava tempo de conviver muito em 50 minutos de aula e logo vinha outro professor para a sala. Fui cada vez mais estimulado a pensar em notas, em “decorar” mais assuntos, em fazer mais provas, porque eu precisava estar pronto para o ritmo do ensino médio, que antecedia o vestibular.Tinha um professor de matemática na quinta série que me marcou de um modo negativo, pois estimulava muito a competição entre os estudantes. Colocava uma equação enorme no quadro e quem resolvesse primeiro e levasse o caderno para ele ver, ganhava um ponto a mais na nota. Lembro até hoje que passei com nota máxima (na época eram 100 pontos) em matemática, tinha até pontos além do permitido. Na época, achava ótimo, mas com a maturidade fui percebendo que isso não me acrescentava em nada. Eu tinha colegas que nunca conseguiram estes pontos extras, outros que copiavam as respostas dos que faziam primeiro... Enfim, aprender não era o objetivo, muito menos estimular o trabalho em grupo.A cultura da época era de respeitar e temer o professor acima de qualquer coisa. Tinham alguns que gritavam, jogavam giz na cabeça dos estudantes que conversavam na sala, expulsavam estudantes ou mandavam pra diretoria ou para o SOE (Serviço de Orientação Escolar). Sem falar que era uma cidade pequena e a chance do professor conhecer nossos pais era muito grande, o que deixava a gente com mais medo ainda.Já no ensino médio, em Montes Claros, não tive professores tão marcantes. Estudei pela primeira vez em um colégio particular, que respirava vestibular. “Comprou” os melhores professores da cidade e a única forma de avaliação permitida era a prova escrita. Trabalho em grupo? Nem pensar. Fazíamos cerca de três provas todo sábado e tinha maior nota quem fixasse mais os conteúdos. Não passei no vestibular ao final do terceiro ano e fiquei dois anos fazendo pré-vestibular, que é um curso onde o docente não dá conta de saber nome de ninguém, pois as turmas são enormes. Dessa forma, eu achava melhor o docente que ensinava os macetes para as provas e isso me bastava. Na universidade tive o privilégio de estudar em uma turma de 25 alunos, o que favoreceu muito a aproximação com os docentes. Como em todo lugar, houve os que marcaram muito e houve os que nem me lembro direito o nome. Para mim, marcou quem se preocupava com detalhes a mais do que o conteúdo a ser ensinado, pensava em estratégias envolventes em sala, defendia a profissão com um olhar político crítico, sabia nossos nomes, estimulava nossa sensibilidade para o cuidado ao outro, ouvia nossas colocações, respeitava nossa insegurança e o nosso tempo para o aprendizado. Também passei por especializações, uma residência, um mestrado e agora curso doutorado. Nestes espaços, conheci muitos docentes e a cada dia vou exercitando esse olhar mais apurado sobre os que me inspiram como “modelos” e os que não me acrescentam de modo positivo. Vou observando tudo e construindo/reforçando em mim a cada dia o que acredito ser um docente universitário. Não imaginava que fosse me tornar professor um dia, mas hoje não me vejo em outro lugar, senão, no exercício da docência. 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Memórias de mim...


Memórias de mim... DAS ANTIGAS

Era uma vez uma menina,
Como todas as outras da cidade
Nao queria ser professora
Mas, nao escolhia, naquela idade.

Nao escolhia por que nao tinha
Outra melhor opção.
Ou fazia magistério
Ou administração.

Administração, é coisa de homem.
Magistério, de mulher,
O contexto da época já definira,
Vc nao precisa saber o que quer.

Lá fui dar aula em um convento,
A profissão me encantava,
Com a possibilidade de brincar e criar, 
Que a criançada provocava.

Dez anos com crianças,
Em sala e no encantamento,
Rumo para o ensino superior
Ampliar meus sentimento.

Daí um novo sonho,
Formar uma legião de educadores,
Que amando os que fazem,
Sejam mais que professores.

Sigo para a graduação, biologia e pedagogia
Na Pós graduação,  sempre em educação.
Em formação continuada o povo do interior
Me "puxa" pra dentro da verdadeira vocação.

23 anos depois,
Assumindo a pedagogia,
Implicada  com educadores
Dia e noite, noite e dia.

E lá no fundo, bem no fundo, descubro, depois de 25 anos
A minha vocação, pois desde menininha!
Aos doze anos, gostava mesmo de dar aula,
Para muitas galinhas.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Reflexões sobre as mandalas



Oi Luíza, oi turma
adorei sua reflexão. O saber sensível tão longe da academia é fundamental à docência... espero que nossas aulas estejam contribuindo.
beijos, Cris
Olá pessoal!

Bem, depois da aula passada e nossas construções das mandalas... Fica o meu registro:
como educadores, o quanto somos tocados pela arte! Em nossa profissão, que consiste em lidar com pessoas, esta condição sensível, aberta e diversa é muito marcante e importante.

Que possamos, cada vez mais, dando conta disso, mergulhar em experiencias sensíveis que nos permitam a conexão com nosso mais profundo eu. Assim, poderemos dissolver a condição mecânica a nos está sendo destinada e viver a beleza de, a cada dia, educar, educando-se para a humanidade!

bjsss...
Luiza.

sábado, 29 de junho de 2013

27/06/2013 - Disciplina: Docência no Ensino Superior - FACED/UFBA - Turma 2013.1 - Construção de Mandalas: identificação com a docência











quinta-feira, 13 de junho de 2013

Bem vinda Turma 2013!

Bem vindos queridos alunos de Docência 2013! Aqui vocês poderão postar suas atividades, reflexões, mensagens referentes ao nosso curso. Naveguem à vontade, contribuam!
abraços
Cris