Histórias de vida e identidade profissional

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Manuel Castells - A obsolescência da educação

Publicado em 07/04/2014 - Fronteiras do Pensamento Manuel Castells, sociólogo espanhol, analisa o sistema de ensino contemporâneo na era da rede. De acordo com Castells, além de informar, a escola sempre interpretou outro papel: transmitir os valores dominantes e as formas de poder - as normas que as crianças precisarão aprender para viver em sociedade. Porém, argumenta, a obsolescência destes papeis nunca foi tão grande. Primeiramente, porque 80% da informação mundial está contida na Internet. Segundo, porque as instituições de ensino estão preparando "objetos submissos", que não podem ultrapassar o conhecimento do professor, que não deve ser desafiado, algo visto na proibição do uso da web nas salas de aula. Ou seja, as relações verticais de poder seguem perpetuadas e a interação e a construção conjunta do conhecimento seguem negadas. Conferencista do Fronteiras do Pensamento 2013.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

http://youtu.be/EAS5WhnePho


Caros colegas da turma de Docência 2014, segue acima o link do vídeo exibido na aula de 11/04 acerca da ação docente. abraços, Márcia

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Bem vindos turma de Docência 2014

Bom dia queridos alunos de Docência 2014
Bem vindos ao Trilhas!
Vamos colaborar, postando aqui nossas reflexões, textos, tarefas, pesquisas, etc, compartilhando saberes e práticas.
abraços
Cristina

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Olá queridos alunos de Docência 2013:

Fiquei feliz com as postagnes, Alana, Lucilia, Lúcio, Luiza.... é bom alimentar nossas aulas através do Blog! Vamos lá, o dever de casa é colocar no Blog suas memórias e falar de sua escolha profissional. Tambem encontrar vídeos que sejam interessantes sobre Saberes docentes.... curtos... 5 minutos.... e postar.
Abraços lúdicos!
Cristina

sexta-feira, 19 de julho de 2013

UIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DOCENCIA DO ENSINO SUPERIOR
PROFESSORA: CRISTINA D`AVILA
DISCENTE: ALANE CARVALHO SANTOS

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Após as exposições dialogadas que vem ocorrendo em nossos encontros resolvi sintetizar minha trajetória profissional  tomando como referência o ciclo de vida da profissão docente desenvolvido por Dubar (1991 apud D´AVILA, 1997) que consiste nas etapas que serão expostas a partir de então.
Socialização pré-profissional: Venho de uma família de professoras por isso desde cedo minha relação com o conhecimento não ficava restrita ao ambiente formal da escola. Aprender (e não decorar meramente) era algo que permeava meu cotidiano. Na escola percebia que alguns professores chegavam já cansados e enfadados, suas aulas ficavam muito limitadas à cópias no quadro ou a leituras coletivas, estas quase sempre carentes de reflexão ou explicação plausível. Lembro-me apenas de uma professora que fazia a diferença, Prof. Norma, professora de historia ou melhor de histórias.... com ela tudo ficava realmente mais interessante.
Socialização profissional:Alguns anos depois minha afinidade pela disciplina aumenta e Em 1995 sou aprovada no vestibular para Licenciatura em História. A escolha pelo curso foi revelada pela empatia com a disciplina e pelo temor de não administrar um possível fracasso de não ser aprovada em Economia. Após a aprovação, assumo a carapuça de bacharelado, me debruço em conhecer, refletir, descubro um mundo novo, cheio de possibilidades e de verdades. Percebo que começo a “sair da caverna” como afirmaria Platão. As disciplinas concernentes as praticas educativas contudo, eram classificadas como secundarias dentro do meu curso de formação. O conteúdo academicista e a sua própria complexidade era o objeto do meu desejo. O curioso é que não me via em sala de aula, apenas queria desfrutar dessa época de forma intensa e plena. Seminários, avaliações, congressos, mesas-redondas, palestras e tantas outras. O estágio supervisionado ocupou apenas o oitavo semestre e foi alvo de muitos conflitos.
Inserção no meio profissional (entrada): Ao concluir a graduação em julho de 1999, resolvo no mesmo mês fazer uma seleção para um curso de especialização em teoria da historia  e sou aprovada. Cinco meses depois faço a seleção de mestrado e o concurso do Estado para professor de história em Salvador. Sou aprovada nas duas seleções e o ano de 2000 me revelava grandes surpresas. Pela manhã aulas no mestrado à noite aulas no bairro do Uruguai. Momento de conflito revelado, sobretudo pela ausência de um dialogo amistoso entre os saberes das disciplinas, os saberes curriculares e a pratica docente. Momento de frustação por não conseguir fazer com que todos os alunos enxergassem o conhecimento de outra forma. Apesar de tudo algumas sementes foram plantadas.

Estabilidade Profissional– Alguns anos depois vou trabalhar no colégio 2 de julho na Fazenda Grande do Retiro, algumas inexperiências já tinham sido superadas parcialmente. Adoto uma pratica docente mais dialogada, contextualizada e até mesmo afetiva. Percebo que não é só conteúdo, mas também não é só didática. É uma integração dialógica entre diferentes saberes que desemboca na abertura de novos olhares, novas possibilidades. Dentro desse contexto, desenvolvo alguns projetos como “Resgatando a História do Bairro da Fazenda Grande” e algumas Feiras Interdisciplinares.  Passo a trabalhar também em uma Instituição privada de ensino superior e novos desafios passam a aparecer. Essa é uma outra história!!
Minhas reflexoes,
Alana:
A MANDALA: Ludicidade e Reflexão
Destaco aqui duas questões centrais concernentesà experiência da mandala. Primeiramente, (e mais evidente) a estratégia diferente de resgatar a trajetória docente utilizando-se da arte e da ludicidade como forma de expressão.  A segunda experiência refere-se ao próprio processo de construção das mandalas e o que ele representou: uma tentativa ou expressão de autoconhecimento. A escolha do material (massa de modelar) revela flexibilidade e esforço de adaptação,em trajetórias não lineares, mas coloridas evidenciando a forma positiva como a vida, em suas facetas pessoal e profissional,é percebida. No centro tem-se a base espiritual que se ramifica por todo espaço da circunferência, tirando do ostracismo a composição de uma mulher para além da dimensão físico-material. O verde (das laterais) trazconsigo a esperança de que os dias vindouros serão permeados de novas e ricas experiências!!!




quinta-feira, 18 de julho de 2013

Relato: Doce docência



- Quanto é dois vezes dois... vá fazendo esta cópia... Joselito, nem comece com seu choro, é pra você soletrar, vumbora com isso... Quem foi Princesa Isabel?
Não, não... essa não é uma sala de aula de aceleração, ou “enturmação”... nada disso. É a sala, é a cozinha de minha casa, por volta de 1970.
Cresci e me criei em uma família de professores. Minha irmã mais velha, antes de lecionar profissionalmente no hoje chamado ensino fundamental, já tinha como renda dar aulas de reforço (na década de 70 era a famosa banca) para alunos de 1ª a 4ª série.
A casa era pequena e a cozinha tinha uma mesa onde ao redor ficavam alguns alunos e na pequena sala outros. Naquele ambiente, confesso que, não sei como, aprendi a ler e escrever. Ficava eu de olhar comprido, vendo minha irmã “tomar a lição” e queria participar. Ela então passava para mim alguns deveres, que eu não entendia como método de alfabetização.
Mas uma coisa me incomodava. Havia um aluno, Joselito (imagine que não esqueci o nome nem as feições físicas) que TODOS os dias choraaaaaaaava na hora de “tomar a lição”. Todos os dias... aquilo me incomodava: a “insensibilidade” de minha irmã e o “sofrimento” diário de Joselito. Tinha eu 5, talvez 6 anos de idade.
Minha alegria foi no dia em que pude passar a frequentar a casa de minha cunhada e lá passei a ser aluna: tinha caderno e direito a exercício – geralmente copiar frases. Sim, sim... minha irmã e a família de minha cunhada faziam o mesmo: davam banca.
Ao ingressar pela primeira vez OFICIALMENTE em uma instituição de ensino, aos 7 anos de idade, na Escola Estadual Presciliano Silva, já sabia ler e escrever. E, por isso, fui transferida do antigo pré-primário para o 1º ano. E perdi, sobretudo, a merendeira com Q-suco de groselha e biscoito. Isso porque, no 1º ano os meninos levavam dinheiro para comprar pipoca pela fresta do portão. Eu? Caçula de uma família de 9 irmãos, órfã de pai e mãe, o máximo que tinha era alguns centavos, mas achava o máximo me acotovelar por entre as frestas do portão e gritar: “mooooooooço, me dá 20 centavo de caroço”!
Hoje, segui a rota natural da família e confesso que não saberia ser outra coisa a não ser ajudar na formação cidadã de adolescentes. Educadora apaixonada: essa é minha profissão.